Mansão e sapatos

Hoje estava com a Cris e o Antônio em uma mansão com muitos aposentos. Antônio perguntou se tínhamos visto a sensacional adega. Fomos procurar.

Encontramos uma porta que supomos que fosse a tal adega. Era um aposento pequeno, sem janelas ou móveis. No canto havia uma abertura, como uma passagem secreta que alguém esqueceu de fechar. Entramos pela passagem estreita, eu com um pouco mais de dificuldade que ela em passar pela abertura.

Seguimos por um corredor enorme, em obras, cheio de janelas. Andamos muito até chegar em uma área que parecia um shopping, com o teto de vidro clareando o ambiente. Era enorme e parecia que tínhamos entrado em uma espécie de outra dimensão, porque não havia maneiras daquela área toda caber na mansão.

Logo me perdi da Cris. Fiquei andando pelo lugar observando as lojas, as pessoas, os seguranças. Notei que estava sem um dos sapatos. Só pode estar dentro do lago, pensei. Mas qual?

Fui procurando pelos lagos do shopping, mas era proibido entrar na água. Havia outras pessoas sem um pé dos sapatos e parece que todos sabiam que encontrariam os sapatos dentro de um dos lagos.

Apesar da proibição, algumas pessoas tentavam entrar nos lagos para procurar seus sapatos mas logo eram retiradas pelos seguranças. Tentei entrar também e só consegui pés molhados antes de ser retirado. Fiquei frustrado porque tinha certeza que meu sapato estava naquele lago.

Ao lado do lago onde estava meu sapato havia uma loja de vidro. Dentro dela um carro de luxo, Rolls-Royce, talvez. Depois de um tempo saiu da loja um casal que só podia ser o casal real daquele lugar.

Eles deram um par de sapatos para todos que tinham um dos pés descalços e entraram no automóvel. Deu pra ver de relance que o automóvel estava cheio de pacotes de fraldas de bebê.

Bebo, hic, cachaça

Outra noite eu estava bêbado. Estava em uma festa e tinha certeza que estava sonhando, mas também tinha certeza que estava bêbado.

O que me intrigava não era saber que sonhava, mas como eu podia sonhar que estava bêbado.

Casório

Hoje fomos, a galera toda, ao casamento da Carol. Ela tinha virado evangélica, seu noivo e todos os outros convidados eram também evangélicos.

No meio da festa reparei um jipe. Cheguei mais perto pra olhar pensando
“parece com o carro da Dani”. Nisso chega a dona do carro pra sair e
fica me olhando com a cara de “o que ele quer com meu carro?”. Quando
ela abriu a porta notei que dentro, perto do painel, havia uma
churrasqueira suja de cinzas e gordura. Pelo interior do carro dava pra
ver que a churrasqueira já tinha sido usada muitas vezes.

Na hora do brinde rolou uma certa discórdia sobre a bebida. Nada sério, mas os evangélicos não queriam brindar onde tivesse álcool, e a galera não queria brindar com refri.

Resolvemos indo para um botequim comprar cerveja enquanto os evangélicos foram para o botequim ao lado, que era evangélico, comprar refrigerante. Por fim brindamos todos juntos.

Já chegou o disco voador

Outra noite eu estava certo que nosso planeta estava às vésperas de uma invasão alienígena. Não lembro exatamente quem estava comigo, nem se essa pobre alma acreditava em mim, mas essa pessoa se recusou a comer a nutritiva lama negra que tínhamos à disposição em nosso caminho.

Era preciso economizar recursos e energia para os tempos difíceis que viriam pós invasão. O problema é que ninguém acreditava em mim.

Com muito custo consegui alguns mantimentos com o dono de uma mercearia.

Na contramão

Hoje de manhã cheguei na estação Jardim Oceânico do metrô e uma composição estava andando na contramão, no trilho de chegada, mas em direção à Zona Sul.

Essa composição voltou para a área de manobra e parou na direção correta. Entramos com as luzes apagadas.

Não pensava em postar nanhuma história ocorrida em vigília, mas confesso que fiquei confuso se estava ou não acordado.

Medicamento com receita

Hoje gastei todos os meus tíquetes refeição comprando doces praquelas crianças. Nem sei quem são.

Mais tarde fui à praça Serzedelo Correia encontrar com um cara que vende medicamentos de venda controlada. Na hora de pagar notei que estava sem a receita. Também notei que não estávamos mais na praça, mas dentro de um ônibus na Lagoa-Barra, e por incrível que pareça isto não me surpreendeu.

Pedi ao meu caro vendedor que esperasse enquanto ia buscar a receita, e que por favor tomasse conta do meu celular que ficou carregando na tomada ao seu lado.

Ao descer lembrei que era melhor que esperar dentro do ônibus. Tentei subir de volta pela porta de trás, mas o motorista não parou nem diminuiu a velocidade. Fiquei então pendurado na porta traseira, empurrado pela força centrípeta causada pela curva à esquerda ao entrar no elevado do Joá em direção à Gávea.

Mas não estávamos indo na direção oposta?

Street fighting

Outra noite Gustavo e eu subíamos as escadas de um edifício em direção à caixa d’água. Era preciso saber qual o volume disponível na caixa, mas discordávamos se precisávamos do valor em litros ou galões.

Ao chegar no alto, o sótão era dividido em dois; em uma metade havia o sótão em si enquanto na outra se encontrava um quarto sem paredes.

No quarto era possível ver um casal fazendo sexo. Ele, negro e magro. Ela, branca e obesa. Ao nos verem pararam imediatamente e perguntaram o que diabos estávamos fazendo ali.

Descemos em disparada pelas escadas. Foi a última vez que vi Gustavo naquela noite. O homem negro também sumira.

Ao chegar na rua, me deparei com a mulher obesa e me perguntei como ela poderia ter descido mais rápido que eu.

Ela estava puta da vida e o que se viu em seguida foi uma espécie de Street Fighter II, onde ela era uma mistura de Chun-Li com Honda.

Não lembro se apanhei naquela noite.

Hoje estava em órbita

Dentro da cabine de um foguete, naquele espaço apertado, eu transladava ao redor da Terra. Os estágios iniciais do foguete já haviam sido destacados e a cabine flutuava sozinha.

Não lembro dos trajes que usava, mas o movimento de rotação do foguete era extremamente veloz, a ponto de eu não saber porquê eu não estava tonto. Isso me incomodava um pouco e eu não conseguia calcular essa velocidade de rotação nem com a ajuda do computador de bordo.

Bom dia

Ou bons sonhos. Resolvi criar o Onirismo pra fazer um relato de meus sonhos. Inicialmente contava para os amigos, os quais muitas vezes são coadjuvantes nas minhas aventuras oníricas, mas curti a ideia de escrever aqui pra ninguém ler.

Todos os acontecimentos narrados aqui são verdadeiros, e ocorreram em sua maioria enquanto em me encontrava nos braços de Morfeu.